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A retirada de direitos dos trabalhadores se aproxima e a primeira a ser debatida e executada vai ser a da Previdência. Para o movimento sindical, Temer fez uma reforma somente para arrecadar, pois 49 anos de contribuição para receber o teto máximo e idade mínima inicialmente de 65 anos, farão muitos brasileiros nem dar entrada no benefício.

Em Roraima a expectativa de vida segundo o IBGE é de 66,5 anos para homens, ou seja, esse trabalhador contribuiria por anos, podendo usufruir  apenas 1 ano e 6 meses de sua aposentadoria. Com o documento Ponte para o Futuro, o presidente Michel Temer (PMDB-SP), quando ainda ocupava o cargo de vice, propôs medidas para pagar parcelas da suposta dívida externa do país. Entre essas medidas, está o desmonte da Previdência Social, retrocedendo em benefícios importantes.

O auxílio-doença que muitos trabalhadores têm que recorrer devido a desenvolver doenças durante o serviço está na reforma. A forma de concessão vai mudar e o valor pago a título de auxílio limite será de até 85% do salário de benefício, que antes era de 91%. Se, com a renda atual do auxílio-doença o trabalhador já não consegue sustentar sua família – pois é abaixo do que recebia – imagine o que acontecerá com valores ainda mais baixos.

A reforma prevê também mudanças na pensão por morte que antes era de 100% da média salarial dos últimos 12 meses. Agora o valor da pensão será reduzido para 50% repassado aos dependentes, acrescido de 10% por filho.

Entram também na reforma a aposentadoria especial que passa a ser de 5 a 10 anos apenas a menos que a aposentadoria comum. Além do fim do acumulo de benefícios entre outros retrocessos.

Mais uma vez quem sofre é o trabalhador, que passa sua vida pagando por um futuro incerto. O mínimo de garantias pelo máximo de contribuição. 

Marcela Alberti

Assessoria de Comunicação